O "Estudo de Inverno" é o amadurecimento mais significativo do meu trabalho. No processo de pesquisa e experimentação, descrevi meus sentimentos nas analogias sólidas da arquitetura e o estático das piscinas. Evoco constantemente o mergulho intacto, sinestésico às inquietudes não tão tocáveis do processo criativo.
O corporal imóvel, contempla a solidão enquanto o céu bailado anuncia inspirações e também a reflexão diária do criar. Quase integralmente, as pinturas carregam as pinceladas num ritmo físico de tinta, onde, também, preludio o primeiro contato com sombras tocáveis.
A continuidade é a experiência primaveril dos estudos. Os corpos, agora frontais, entram na água e os movimentos se tornam texturas geométricas entre cores.
Todas as pinturas são construídas em escala grande, exatamente para proporcionar que o olhar também seja elemento de atenção. As cenas seguem um desejo antigo de experimentação com os pontos de luz refletidos na água e também, contemplam a ideia original da solidão.
